Como fazer uma boa descrição do imóvel
Quer esteja a tentar vender sozinho, quer esteja a vender com mediação, você deve preocupar-se com cada detalhe da venda do seu imóvel. A descrição é um desses detalhes. Isto não significa que uma boa descrição, por si só, venda o imóvel. O segredo está em combinar múltiplas e pequenas vantagens.
Então…
Como fazer uma boa descrição do imóvel?
O princípio básico de uma boa descrição assenta num facto indesmentivel de que o potencial comprador que avançar efetivamente para a compra fá-lo por achar que está a fazer um excelente negócio.
Ninguém compra uma casa “mais ou menos” e por um preço “assim-assim”. Você não diz: “quero uma casinha mais ou menos, por um preço altozinho num sítio satisfatorizinho, etc…”
Você diz: “quero uma casa com uma boa sala, numa localização que valha a pena”. Você diz: “quero um T2 que esteja por um bom preço – tem que ser um bom negócio!”.
O segredo é este: quando descrever a sua casa para vender, faça-o a pensar nesse comprador que a vai comprar. A pergunta é: “quem aceitar comprar esta casa fá-lo-á porquê?”
Não há pessoas sem defeitos – homens sem defeitos, mulheres sem defeitos – , não há artistas sem defeitos ou arte sem defeitos. Logo não serão as casas os derradeiros objetos imaculados sem defeitos. Mas há facto incrível, sem pensarmos nele: há homens com excesso de peso que são casados e felizes, há mulheres que não são propriamente modelos e que também são casadas e felizes. Foram as qualidade, e não os defeitos, que atraíram os respetivos parceiros. Nas casas acontece o mesmo fenómeno: as virtudes de cada casa leva a que o comprador aceite avançar para ser o seu novo proprietário. Tolerar os defeitos fará parte da decisão.
Uma casa pode estar com os quartos virados a norte, por exemplo. Em Portugal isso não é geralmente muito apreciado. Logo, para quê salientar esse ponto na descrição em vez de salientar a sala magnífica que a casa tem, por exemplo?
O estar virado a norte pode ser um defeito para uma maioria, mas ser um defeito tolerável para o futuro comprador. E pode até nem ser um defeito. Então, deixe que seja o potencial comprador a verificar esse facto na visita!
A descrição não tem a obrigação de dizer e explicar tudo! A visita é parte do processo de compra!
Se o comprador, que ainda não viu as virtudes da casa, vê salientados na descrição os seus defeitos, não é justo para si, como proprietário, nem para o próprio comprador.
Um descrição que eu não recomendaria seria: “T2 com uma pequena sala, um pequenino hall, com um quarto virado a norte e uma cozinha grande”. Em vez disso, eu escreveria: “Magnífico T2, muito bem localizado, situado num prédio de boa construção, perto de comércio e transportes, etc…”. Naturalmente isto teria que ser tudo verdade.
Há três regras de boa fé que deve ter em conta:
Uma regra vital: o que você escrever não pode ser mentira.
Outra regra importante: o que você escrever não pode ser enganoso.
Por fim: Você pode omitir defeitos, mas não deve omitir um facto que você sabe que é notoriamente condicionante para a compra. Ou seja, algo que você, se estivesse do lado de lá, gostaria de saber antes de aceitar fazer a chamada telefónica para fazer a marcação. Por exemplo: se uma das assoalhadas não tem janelas essa é uma omissão que não deve fazer se considerar essa assoalhada como estando a contribuir para a definição da tipologia. Por exemplo, se um T2+1 for na realidade um T3 com uma divisão interior, você sabe que esse facto é demasiado limitativo e deve mencioná-lo na descrição caso decida designar o apartamento como sendo um T3. Se estivesse do lado de lá, jamais de lembraria de perguntar se todos os quartos têm janelas. É uma questão também de bom senso.
Utilize adjetivos que valorizem mas que sejam pertinentes
Um T2 será sempre um “magnífico T2” para quem o comprar. Se não for “magnífico” o comprador não o comprará. Assim, veja o imóvel como quem vê a beleza numa pessoa. Saliente o que o imóvel tem de bom e coloque adjetivos aí sem constrangimentos. Por exemplo, se um apartamento estiver todo velho e para remodelar, você pode escrever: “T2 com um excelente potencial, numa localização soberba, para poder remodelar a seu gosto.”. Se é para remodelar, naturalmente não se pode dizer que tem bons acabamentos. Mas há quem procure apartamentos para remodelar a seu próprio gosto. Ora, é para essas pessoas que nós vamos descrever os nossos imóveis.
Os adjetivos “grande”, “enorme” e todos os seus sinónimos podem ser utilizados sempre que conheça bem a comparação que está a fazer. Mas, neste caso é preferível colocar as medidas. Por exemplo, uma sala de 50 m2 no centro de Lisboa é, comparavelmente “uma sala grande”. Mas o que é grande para mim pode não ser para si. Neste caso eu escreveria: “Apartamento com áreas bastantes generosas das quais se salienta a sala, com 50 m2”. Assim, o potencial comprador saberá o grande que é.
Por fim, o preço é uma característica do imóvel a partir do momento em que este esteja no Mercado. E você pode (e deve) usá-lo sempre que o motivo de compra seja o preço. Você pode escrever: “Magnífico oportunidade de investimento – apartamento com localização soberba no centro de Lisboa, para remodelar a gosto”. Ou pode ir mais longe e falar com o leitor: “Procura um imóvel por um excelente preço para poder investir em segurança? Apresento-lhe este magnífico T4 localizado num prédio de excelente construção, com áreas muito boas e uma exposição solar muito apreciada (Nascente-Poente)”.
Em resumo, seja direto, seja verdadeiro e não seja enganoso, mas não saliente os defeitos desnecessariamente. Dirija o seu texto à pessoa que vai comprar o apartamento que você ainda não precisa de saber quem é.
A descrição é apenas um detalhe de todo o processo mas pode ser importante e não há necessidade de perder essa vantagem por negligência ou por desconhecimento. Se não estiver seguro sobre este assunto, confie na mediação – os profissionais estão treinados para descrever a sua casa da forma mais eficaz possível. Se tiver dúvidas, ligue-me!
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How can I get old records, around 1971 of land. My grandfather left 21 parcels of land to the family…I don’t know what happened to the land and don’t know where to start. I speak some Portuguese but not fluent. I only have a “Processo de Liquidacao do Omposto sobre as Successoes.” Land in Ribeira Brava.
Hello,
On that document that you have there must be some important data that you may use to locate those properties. I suggest that you hire a law professional (an attorney) that may help you regarding all the legal requirements to get those properties back into your control.